UNIFESP
 Departamento de Informática em Saúde da Universidade Federal de São Paulo

CONSIDERAÇÔES PRELIMINARES

Até fins do século XIX, cada país possuía um modelo diferente de atestado de óbito, fato que fez com que a Organização de Saúde da Liga das Nações constituísse uma comissão para o estudo do problema. Em 1925, foi publicado um informe sugerindo um modelo único de atestado de óbito, para a declaração de morte.
No modelo proposto deveria ser anotada, em primeiro lugar, a causa imediata da morte (a causa final ou terminal) e a seguir as condições mórbidas antecedentes àquela, caso houvesse, ficando a causa primária em último lugar, de cima para baixo.
Em 1948, a "Conferência Internacional da Revisão da Classificação", ao aprovar a Sexta Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças , adotou esse modelo como "Modelo Internacional de Atestado de Óbito", que passou a ser utilizado a partir de 1950 , praticamente por todos os países do mundo , para a anotação das causas da morte.
Esse modelo usado até hoje, consta de duas partes: Parte I, com três linhas (a, b, c) onde deve estar declarada, em último lugar, a causa básica; Parte II, onde devem ser informadas outras condições significantes que interferiram no curso do processo mórbido, as assim chamadas causas contribuintes ou contribuitórias.
A partir dessa época, houve uma preocupação muito grande no sentido de educar e treinar os médicos a preencher corretamente o novo formulário e muitos países, por meio de seus órgãos oficiais de epidemiologia ou de estatística, publicaram folhetos, artigos ou livretos com essa finalidade.
No Brasil, Lincoln de Freitas Filho publicou "O clínico e o Bioestatístico" (1956, Rio de Janeiro), livro no qual abordou, de maneira bastante apropriada, o preenchimento do atestado de óbito. Essa publicação foi muito utilizada por órgãos do Ministério de Saúde no sentido de ensino e divulgação.
A implantação do "Modelo Internacional do Atestado", entre nós, ocorreu também em 1950, em todo o território nacional. Entretanto, embora a parte relativa à causa de morte fosse a internacional, os dados referentes à identificação e outras informações não seguiam modelo uniforme. O próprio impresso apresentava-se em formatos e cores diferentes, nos vários Estados, variando , também, o número de vias a serem preenchidas.
Em 1976, o Ministério da Saúde, visando à implantação do Sistema Nacional de Informações para o Setor de Saúde, no "Subsistema de Informações sobre Mortalidade" adotou uma "Declaração de Óbito" , padronizada para todo o país. Esta, mantendo o modelo internacional na parte relativa às causas de morte, uniformizava a maneira de registrar todos os demais tipos de informações. A finalidade daquele Subsistema foi compatibilizar os dados e permitir sua comparabilidade, consolidando-os em nível nacional, permitindo então maior racionalização das atividades baseadas nas informações.

 

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