Aspectos epidemiológicos do tratamento dialítico na Grande São Paulo
R. SESSO, M.S. ANÇÃO, S.A. MADEIRA, COMISSÃO REGIONAL DE NEFROLOGIA DA SECRETARIA
DA SAÚDE DE SÃO PAULO E CENTRO DE INFORMÁTICA EM
SAÚDE DA ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA*
|
Secretaria da Saúde
do Estado de São Paulo e Escola Paulista de Medicina, São
Paulo, SP.
*Os membros da Comissão
Regional de Nefrologia e do Centro de lnformática em Saúde da Escola
Paulista de Medicina são indicados no apêndice.
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RESUMO
Objetivo. Apresentar dados epidemiológicos sobre
o tratamento de pacientes com insuficiência renal terminal
na Grande São Paulo.
Material e Métodos. Pacientes em diálise na Grande São
Paulo distribuídos em 15 Escritórios Regionais de
Saúde (ERSAs), durante o ano de 1991. Dados coletados
pela Secretaria de Saúde do Estado.
Resultados. Houve
aumento de 18,6% no número de pacentes vivos em diálise
de janeiro a 3l/dezembro (n = 2.425 a 2.875). Os pacientes estavam
distribuídos em 40 centros de diálise, dos quais
25 estavam localizados apenas nos ERSAs 1. 2 e 3. Dependendo do
ERSA. uma percentagem variável de 37% a 88% dos pacientes
não residiam na região de tratamento. Ao final
do ano, 79% dos pacientes estavam em hemodiálise, 15% em
diálise ambulatorial peritoneal contínua e 6% em
diálise peritoneal intermitente. Os diagnósticos
mais freqüentemente reportados de doença de base foram:
indeterminado, glomerulonefrite, hipertensão e diabetes
(36%, 27%, | 17% e 8%, respectivamente).
Iniciaram tratamento dialítico, durante o ano, 1.483 casos
novos, correspondendo à incidência de 83 pacientes
por milhão da população (pmp). A prevalência
de pacientes em tratamento dialítico no meio do ano foi
de 148 pmp. A taxa de fatalidade anual global foi de 17,2 pacientes
em cada 100 pacientes em diálise (variação
nos ERSAS: 12,0-32,5). A sobrevida atuarial dos pacientes que
iniciaram tratamento em 1991 foi de 80.2% ao final do primeiro
ano. Receberam transplante renal 246 pacientes, correspondendo
à taxa de 14 transplantes por milhão da população.
Conclusões. Em geral,.
a assistência prestada através de tratamento dialítico
na Grande São Paulo é satisfatória. Há
desigualdades em relação a assistência nos
diferentes ERSAs e que devem refletir na distribuição
de hospitais de atendimento terciário na região.
[Rev Ass Med Brasil 1994; 40(1): 10-4]
UNITERMOS: Doença renal
terminal. Insuficiência renal crônica. Diálise. Epidemiologia.
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INTRODUÇÃO
No Brasil estima-se que haja
atualmente cerca de 20.000 pacientes em tratamento para insuficiência
renal crônica terminal (IRCT). São Paulo é
o Estado da Federação que contribui para o tratamento
do maior percentual destes pacientes. Diálise é
um procedimento a longo prazo e de alto custo. O Instituto Nacional
de Previdência Social tem provido recursos para o tratamento
dialítico desde 1974.
Em São Paulo como na
grande parte do país, dados oficiais e precisos sobre aspectos
epidemiológicos e assistenciais do tratamento dialítico
têm sido praticamente inexistentes nos últimos 19
anos. Para a melhor adequação dos limitados recursos
econômicos disponíveis na área de saúde
e em particular para o tratamento da IRCT, é imprescindível
o conhecimento de dados mais precisos a esse respeito. Tais informações
servirão para levantar importantes questões, tanto
na comunidade renal como na área de planejamento de assistência
de saúde, referentes à etiologia, prevenção
da IRCT, acesso aos serviços. mortalidade e morbidade dos
pacientes, controle de qualidade da assistência prestada,
previsão de custos empregados na área, etc.
Apresentamos, neste relato,
dados coletados pela Secretaria de Saúde do Estado de São
Paulo sobre os pacientes que receberam tratamento dialítico
durante o ano de 1991 na Grande São Paulo.
MATERIAL E MÉTODOS
Administrativamente, a Grande
São Paulo (Macro-região 1 do Estado) é
composta de 15 Escritórios Regionais de Saúde (ERSAs
ou SUDS), conforme localização esquematizada na
fig. 1. Os ERSAs de 1 a 8 constituem a cidade de São Paulo,
correspondendo às seguintes regiões: 1 - Centro,
2 - Butantã, 3 - Vila Prudente,. 4 - Penha, 5 ltaquera,
6 - Mandaqui, 7 - Nossa Sra. do Ó e S - Santo Amaro, os
demais são os seguintes: 9 - Santo André, 10 - Mauá,
11 Osasco, 12 - ltapecerica, 13 - Mogi das Cruzes, 14 - Franco
da Rocha e 15 - Guarulhos.
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Fig.1 - Esquema da distribuição dos Escritórios Regionais de Saúde (ERSAS)
na Grande São Paulo. 1 - Centro, 2 - Butantã, 3 - Vila Prudente, 4 - Penha, 5 - ltaquera,
6 - Mandaqui, 7 - Nossa Senhora do Ó, 8 - Santo Amaro, 9 - Santo André, 10 - Mauá,
11 - Osasco, 12 - ltapecerica, 13 - Mogí das Cruzes, 14 - Franco da Rocha e
15 - Guarulhos. |
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As unidades, de diálise
preenchem. mensalmente., diversos formulários que são
encaminhados aos respectivos ERSAs e à Comissão
Regional de Nefrologia do Estado. Estes formulários estão
contidos no Manual de Procedimentos de Nefrologia, confeccionado
pela Comissão Regional de Nefrologia e que segue a norma
geral que disciplina o tratamento dialítico no Brasil (OS/INAMPS/DCASS
nº 170, 19/6/89). Utilizamos, para este levantamento informações
contidas nos formulários Nefro 2 e 4 do manual e que contêm
informações sobre identificação, dados
demográficos, diagnóstico da doença de base,
tipo de tratamento, alterações de tratamento, óbito.
etc.
Foram incluídos neste
estudo todos os pacientes vivos em tratamento dialítico
em 1/1/91 e os que iniciaram tratamento durante, o ano de 1991
até 31 de dezembro. Os dados foram coletados, prospectivamente,
pela Comissão Regional de Nefrologia, em banco de dados
informatizado criado pelo Centro de Informática em Saúde
da Escola Paulista de Medicina.
Dados referentes ao número
de habitantes em 1 de julho de 1991, em cada ERSA. foram estimados,
e os referentes à população da Grande São
Paulo estão de acordo com o censo estadual e foram fornecidos
pela Secretaria de Estado da Saúde.
Na análise dos dados
utilizamos os seguintes conceitos epidemiológicos: taxa
de incidência de tratamento dialítico: número
de novos pacientes começando tratamento dialítico
durante 1991 / população em risco no meio do ano;
taxa de incidência de transplantes: número de pacientes
transplantados durante o ano / população em diálise
no meio do ano; taxa de prevalência: número de pacientes
vivos em diálise em 12 de julho de 91 / população
total na mesma ocasião; taxa de fatalidade: número
de óbitos por IRCT durante o ano / número total
de casos de IRCT durante o ano. Probabilidade cumulativa de
sobrevida foi obtida de acordo com o método atuarial.
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RESULTADOS
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A tabela1 mostra
as características dos pacientes em tratamento dialítico
em dezembro de 1991. A maioria deles (41%) tinha entre
40-59 anos de idade; observa-se uma percentagem elevada (25%)
de pacientes com mais de 60 anos. Pouco mais da metade (56%)
eram do sexo masculino. Os diagnósticos mais freqüentemente
reportados de doença renal de base foram: indeterminado,
glomerulonefrite crônica e hipertensão. Oito por
cento dos pacientes eram diabéticos.
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Tabela 1 - Características
dos pacientes em diálise em dezembro de l 991
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| N | % |
Faixa etária |
0 - 19 | 94 | 3.2 |
20 - 39 | 917 | 31.2 |
40 - 59 | 1.181 | 40.7 |
> 60 | 713 | 24.5 |
Sexo |
Masculino | 1.633 | 56.2 |
Feminino | 1.272 | 43.8 |
Diagnóstico |
Indeterminado | 1.053 | 36.2 |
Glomerulonefrite crônica | 799 | 27.5 |
Hipertensão | 489 | 16.8 |
Diabetes | 232 | 8.0 |
Nefropatia tubulo-insterstitial | 115 | 4.0 |
Rins policisticos | 87 | 3.0 |
Nefropatia lúpica | 37 | 1.3 |
Outras | 133 | 4.6 |
Sem resposta | 75 | 2.6 |
Cálculos computados
para 2.905 pacientes em diálise. |
Na Grande São Paulo
havia um total de 40 centros de diálise ao final de
1991 (2,2 centros por milhão da população
[pmp]) (tabela 2). Sessenta por cento das unidades estão
localizadas nos ERSAs 1, 2 e 3, sendo 40% deles apenas no ERSA
1. Há quatro ERSAs (7, 10, 12, 14) sem centros de diálise.
O número de pacientes em diálise no início
e no fim de 1991, nos diversos ERSAs é mostrado na tabela
2. Os ERSAs 1 e 3 são os que apresentam maior número
de pacientes recebendo tratamento. Houve um aumento de 18.6%
(n = 450) no número de pacientes em tratamento ao final
do ano. A distribuição dos pacientes em relação ao
tipo de tratamento dialítico foi para hemodiálise,
diálise peritoneal ambulatorial contínua e diálise
peritoneal intermitente, respectivamente, 79% (n = 2.272), 15,1%
(n = 433) e 5,9% (n = 170). Uma proporção relativamente
maior de pacientes com mais de 60 anos e dos diabéticos
estavam em diálise peritoneal (30,4% e 41,4%. respectivamente).
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Tabela 2 - Número de
unidades de diálise, número de pacientes em diálise
e população geral da região, de acordo com
o Escritório Regional de Saúde
(ERSA), em 1991.
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Número de pacientes |
ERSA | Número de
centros | 01/01/91 | 12/ 31/91 |
População (x 1000)* |
1 | 16 | 956 | 1.064 | 1.250 |
2 | 5 | 201 | 217 | 896 |
3 | 4 | 285 | 403 | 1.374 |
4 | 2 | 151 | 158 | 1.101 |
5 | 2 | 208 | 240 | 1.923 |
6 | 2 | 130 | 152 | 1.043 |
7 | 0 | 0 | 0 | 1.062 |
8 | 2 | 152 | 153 | 2.169 |
9 | 4 | 202 | 256 | 1.918 |
10 | 0 | 0 | 0 | 423 |
11 | 1 | 62 | 109 | 1.266 |
12 | 0 | 0 | 0 | 523 |
13 | 1 | 14 | 51 | 719 |
14 | 0 | 0 | 0 | 237 |
15 | 1 | 64 | 72 | 915 |
Total | 40 | 2.425 | 2.875 | 17.853 |
A população
geral de cada Escritório Regional de Saúde foi estimada,
a população total foi obtida de acordo com o censo
estadual. Dados fornecidos pelo CIS/Secretaria de Saúde
do Estado.
|
Diversas características
de admissão e saída de programa de diálise
incluindo transferência de unidade, recuperação
de função renal, transplante e óbito, por
ERSA, são apresentados na tabela 3. O número de
casos novos que iniciaram tratamento dialítico em 1991
foi de 1.483 (diferença entre os casos admitidos e transferidos
de unidade). Portanto, a incidência anual de casos novos
em diálise na população geral foi 83 por
milhão. Ou seja, um paciente novo iniciou diálise
em cada 12.000 habitantes. A prevalência global de tratamento
dialítico foi de 148 pacientes pmp (um paciente para 7.000
habitantes). Houve grande variação desta taxa entre
os diversos ERSAs (46-807). Estas estimativas não levam
em conta que muitos pacientes fazem diálise em centros
localizados em ERSAs diferentes da região em que residem.
De fato, a maioria dos pacientes dialisados em unidades dos ERSAs
1 e 3 não residem no mesmo ERSA; contrastando com o observado
para os pacientes em tratamento nos ERSAs 5 e 9, tais percentagens
foram de 88%. 87%. 37% e 38%. respectivamente.
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Tabela 3 - Número de
pacientes de acordo com a entrada e a saída de tratamento
dialítico, por Escritório Regional de Saúde
(ERSA)*, durante 1991.
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ERSA | Admitidos | Transferidos de centro | Perdidos / abandono |
Recuperaram a função | Transplantados | Óbitos |
1 | 647 | 142 | 33 | 12 | 126 | 226 |
2 | 16 | 27 | 3 | 7 | 20 | 53 |
3 | 366 | 119 | 11 | 1 | 46 | 71 |
4 | 77 | 14 | 2 | 4 | 16 | 34 |
5 | 162 | 46 | 7 | 12 | 11 | 54 |
6 | 58 | 11 | 2 | 0 | 2 | 21 |
8 | 149 | 42 | 7 | 12 | 9 | 78 |
9 | 220 | 37 | 12 | 12 | 10 | 95 |
11** | 49 | 2 | - | - | - | - |
13** | 39 | 2 | - | - | - | - |
15 | 37 | 5 | 17 | 1 | 6 | 17 |
Total | 1.930 | 447 | 77 | 61 | 246 | 649 |
*Excluídos os ERSAs
sem unidades (7, 10,12 e 14)
.
**Seguimento insuficiente de pacientes.
|
Dezessete em cada 100 pacientes
em tratamento dialítico tiveram óbito durante o
ano (tabela 4). Esta taxa inclui em seu denominador os pacientes
já em seguimento, em janeiro de 91, somados aos casos novos
admitidos durante o ano. A maioria dos ERSAs apresentou taxa
de fatalidade entre 12% e 18% ao ano, exceto os ERSAs 8 e 9. com
taxas de 33% e 26%, respectivamente. A sobrevida atuarial dos
pacientes admitidos apenas em 1991 foi de 80,2% ao final do primeiro
ano (fig. 2). A taxa anual de mortalidade para pacientes com
IRCT em diálise foi de 36,4 pmp. Em média, nove
em cada 100 pacientes em diálise receberam transplante
durante 1991 (variação1,4 -13.4 nos diversos ERSAs).
A maioria dos transplantes foi realizada em pacientes dos ERSAs
1, 2, 3 e 4 (metade destes pacientes estava em diálise
no ERSA 1 apenas). A incidência anual de transplante renal
foi de 13,8 pmp.
|
Tabela 4 - Prevalência
de tratamento dialítico, taxa de fatalidade anual, incidência
anual de transplantes na população em diálise,
de acordo com o Escritório Regional de Saúde (ERSA),
durante 1991.
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ERSA | Prevalência (pmp) | Taxa de incidência fatalidade (%) | Incidência de transplante (%) |
1 | 807 | 16.0 | 12.5 |
2 | 233 | 18.3 | 9.6 |
3 | 250 | 13.7 | 13.4 |
4 | 141 | 16.3 | 10.3 |
5 | 116 | 17.7 | 4.9 |
6 | 135 | 12.0 | 1.4 |
8 | 71 | 32.5 | 5.9 |
9 | 119 | 26.3 | 4.4 |
11* | 68 | - | - |
13* | 46 | - | - |
15 | 74 | 17.9 | 8.8 |
Total | 148 | 17.2 | 9.3 |
** Dados insuficientes.
pmp = por milhão da população.
|
Fig.2 - Sobrevida atuarial de pacientes que iniciaram tratamento dialítico na Grande
São Paulo em 1991, N = I.483 |
|
DISCUSSÃO
|
Este estudo fornece dados
objetivos e importantes a respeito do tratamento dialítico
em pacientes da Grande São Paulo.
Observamos um considerável
aumento anual de 18,6% na população em diálise
em 1991. Uma expressiva proporção (25%) destes
pacientes tem mais de 60 anos. De fato, nos EUA, cerca de 40%
dos pacientes novos em tratamento dialítico têm mais
de 65 anos de idade. A taxa anual de pacientes novos aceitos
para tratamento dialítico, 83 por milhão da população,
é superior à taxa de incidência observada
na Europa em 1991 (48 pac. pmp) e inferior à referida nos
EUA em 1988 (l47 pac. pmp). O número de pacientes vivos
em diálise, em julho de 1991 (148 pmp), é próximo
ao reportado pelo EDTA (170 pac. pmp), embora seja cerca de I/3
da prevalência norte-americana (441 pac. pmp). Nossa
atividade de transplante em 1991 (14 pac. pmp) é também
próxima da global européia (17 pac. pmp).
O percentual de pacientes
em diálise peritoneal (21%) é superior ao referido
no EDTA (13%) e nos EUA (11,4%). Em particular, observamos
que os pacientes idosos (30%) e os diabéticos (41%) são
mais freqüentemente tratados por diálise peritoneal,
comparados àqueles mais jovens ou com outros diagnósticos
de doenças primarias. É notável que diabetes corresponda
apenas à terceira causa mais comumente reportada de doença
de base em pacientes em diálise, após glomerulonefrite
e hipertensão. Este dado contrasta com o observado nos
EUA, onde diabetes é a primeira causa, responsável
por quase 30% dos casos novos em tratamento para IRCT. Embora
seja evidente a pouca precisão do diagnóstico reportado
de doença renal primária, não é provável
que haja erro no diagnóstico de diabetes devido as suas
manifestações clínicas sistêmicas.
A taxa de mortalidade anual
em diálise foi de 17,2%. Chama a atenção
a variação destas taxas de acordo com os ERSAs,
atingindo até a cerca de 30% em dois deles. No entanto,
esta taxa não permite correção para a diferente
duração de seguimento dos pacientes e inclui casos
antigos em diálise em 1/1/91. Desta forma, prefere-se
usar a probabilidade de sobrevida atuarial, tendo esta metodologia
fomecido a taxa de sobrevida de 80% ao final do primeiro ano do
início da diálise. Esta probabilidade é
comparável à internacional, e parece razoável.
considerando-se os fatores de comorbidade, a variedade de doenças
de base e as faixas etárias dos pacientes na população
estudada.
A tentativa de se estudar
taxas de prevalência e incidência de IRCT por ERSA
embora válida, tem limitações na sua análise,
uma vez que a localização dos centros de diálise
reflete a distribuição de hospitais de maior porte
em São Paulo. Sabe-se que estes hospitais estão
localizados nos ERSAs 1, 2 e 3. Nesta linha de evidência.
observamos que percentagem variável de 37% a 88%
dos pacientes realiza tratamento em ERSA diferente daquele onde
reside, indicando haver clara tendência dos pacientes
serem dialisados em unidades de regiões centrais da Capital.
Taxas de incidência
e prevalência de pacientes em diálise, taxas de sobrevida
cumulativa e taxas de pacientes transplantados, além de
outros índices de morbidade, constituem indicadores objetivos
e importantes da qualidade do tratamento fornecido para os renais
crônicos, tanto em nível local corno numa análise
mais global de planejamento de saúde. Estes dados preliminares
indicam que, de forma geral, a assistência prestada a pacientes
com IRCT na Grande São Paulo é satisfatória.
Há, no entanto, desproporções evidentes
em relação a assistência prestada nos diversos
ERSAs e que devem refletir a problemática da distribuição
de hospitais de atendimento terciário na Grande São
Paulo.
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APÊNDICE
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Membros da Comissão Regional de Nefrologia: Sérgio A. Madeira, Ricardo
Sesso, José A. Lima, Antonio M. Lucon, Célio P. Lima, Luís A. Lucarelli, Thiers A.
Nazareth, Yara T.P. da Silva, Antonia G. Silva, Renata Takaoka, lone T.P. Costa
e Suely B. C. Rezende.
Membros do Centro de Informática em Saúde da Escola Paulista de Medicina:
Meide Anção, Sérgio Draibe, Daniel Sigulem, Marlene Sakumoto e Luís A.
Pereira.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
|
1.Manual de Procedimentos em Nefrologia.Comissão Regional de Nefrologia,
Gepro/Cadais, Secretaria da Saúde, São Paulo, Agosto, 1989.
2. Daniel WW. Biostatistics: a Foundation for Analysis in the Health Sciences.
5th ed, New York, John Wiley & Sons, 1991.
3. US Renal Data System.USRDS 1990 Annual Data Report, TheNational
Institutes of Health, National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Disease,
Bethesda, MD, August 1990.
4. Raine AEG, Margreiter R, Brunner FP et al. Report on the management of renal
failure in Europe, XXII, 1991. Nephrol Dial Transplant 1992; Suppl. 2:7-35.
|
Comentários e sugestões: Dr. Meide S. Anção
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